Sinéquias de Pequenos Lábios Vaginais / Fusão de Pequenos Lábios Vaginais

 

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Há vários nomes para o problema – sinéquia, coalescência, fusão ou aderência dos pequenos lábios vaginais.

 

O que é ?
Como o nome já diz, é quando os pequenos lábios vaginais ficam “grudados”. Mais comum nas  meninas até os 2 anos de idade (pode acometer meninas até os 10 anos).

 

Quais são as causas ?
As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas estão relacionadas à baixa produção de estrogênio (natural nas meninas pequenas).
Com o hipoestrogenismo, a região fica mais vulnerável à má cicatrização, o que pode fazer com que os pequenos lábios grudem.
Infecções crônicas por causa de higiene inadequada, traumas na região (como pequenas batidas) ou dermatites – causadas pela fralda ou pela calcinha- podem gerar pequenas feridas e favorecer a aderência.
Outra causa é a anatomia local. Os pequenos lábios das meninas são internos, diferentemente dos das mulheres adultas, mais exteriorizados, e isso também facilita a sinéquia.
A aderência pode levar a infecções e retenção de urina causando dor, mau cheiro, corrimento e irritação da pele da genitália da criança.

 

Como é feito o diagnóstico ?
  Os pais normalmente têm dificuldade para identificar o problema, porque o tamanho da sinéquia é variável: algumas são pequenas, outras são fechadas até a uretra. Geralmente o diagnóstico é feito pelo pediatra da criança.
O tamanho varia bastante e começam de baixo para cima, da região mais distante da uretra para a mais próxima.

 

Qual é o tratamento ? 
  O tratamento é simples, mas terá efeito apenas se as orientações médicas forem seguidas rigorosamente. O tratamento indicado é a utilização de cremes à base de hormônio estrogênio, que ajudam a desprender os lábios vaginais. A pomada deve ser usada com supervisão médica, pois o hor­mônio pode se absorvido e, em doses ou períodos maiores do que os recomendados, pode gerar uma pseudopuberdade precoce (pigmentação e aparecimento de pêlos na genitália).
A cirurgia é necessária apenas nos casos de aderências muito acentuadas. Operar não é indicado na maioria dos casos, porque, se a região for cortada, há risco de a criança ter uma nova sinéquia ainda mais grossa e fibrosa.
Não tratar a sinéquia pode levar ao acúmulo de secreção local e à retenção uri­nária, favorecendo o surgimento de infecções.

 

ATENÇÃO: A RECIDIVA É COMUM nas sinéquias de pequenos lábios vaginais, independente do tratamento instituído, seja ele através de pomadas e/ou cirurgia. O tratamento NÃO é definitivo e por vezes a menina só melhora após crescer, depois de atingir os 10 anos de idade. 

 

As informações aqui contidas são exclusivamente para orientação inicial de pais e pacientes, baseando-se nas perguntas mais frequentes sobre doenças que podem necessitar de tratamento cirúrgico na infância.
NÃO SUBSTITUEM A CONSULTA MÉDICA . Consulte sempre um CIRURGIÃO PEDIÁTRICO para maiores informações.